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Estado de Alagoas registra notas abaixo da média nacional em avaliação do MEC

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Estudantes do Ensino Fundamental e Médio foram avaliados em português e matemática

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira (30) o resultado de um levantamento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho dos alunos em matemática e português nos estados brasileiros. Alagoas ficou entre as piores médias. No Nordeste, apenas Pernambuco se destacou e ficou acima da média nacional.

De acordo com os dados disponibilizados pelo MEC, na proficiência média dos estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental em língua portuguesa a educação alagoana registrou média de 196,1 pontos. A pontuação tem diferença de 34,2 pontos em relação ao estado de São Paulo, que obteve média de 230,3, ocupando a melhor pontuação.

Já avaliação em matemática, a média alagoana ficou em 207 pontos, uma diferença de 35,2 pontos em relação ao estado do Paraná, que registrou média de 242,2. A média nacional ficou em 224 pontos.

A pesquisa também avaliou a proficiência dos estudantes que estão terminando o Ensino Fundamental. A média alagoana em língua portuguesa entre estudantes do 9º ano ficou em 247,5 pontos. Segundo o MEC, a média nacional foi de 258. O estado que teve a melhor desempenho foi Santa Catarina, com 269,3 pontos, uma diferença de 21,8 pontos com a média alagoana.

Em matemática, a média não foi muito diferente para a língua portuguesa. A média alagoana foi de 248 pontos, distante 24,1 pontos para o estado de Santa Catarina, que obteve média de 272,1 pontos.

Ensino Médio

Os dados do MEC também trouxeram a avaliação entre os estudantes do Ensino Médio. O estado de Alagoas também não obteve notas acima da média nacional. Na língua portuguesa, o estado obteve 256 pontos, enquanto o estado melhor avaliado foi o Espírito Santo, que obteve 283,7 pontos.

Em matemática, a média alagoana foi de 257,2 pontos. O Espírito Santo novamente foi o mais bem avaliado, com média de 291,6 pontos, uma diferença de 34,4 pontos.

Na avaliação do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela avaliação, os resultados de aprendizagem dos estudantes brasileiros ‘são absolutamente preocupantes’.

No ensino médio, o país encontra-se praticamente estagnado desde 2009. “A baixa qualidade, em média, do Ensino Médio brasileiro prejudica a formação dos estudantes para o mundo do trabalho e, consequentemente, atrasa o desenvolvimento social e econômico do Brasil”, diz a pasta.

Os resultados são do Saeb, aplicado em 2017 aos estudantes do último ano do ensino médio. Pela primeira vez a avaliação foi oferecida a todos os estudantes das escolas públicas e não apenas a um grupo de escolas, como era feito até então. Cerca de 70% dos estudantes participaram das provas. Nas escolas particulares, a avaliação seguiu sendo feita de forma amostral. Aquelas que desejassem também podiam se voluntariar, mas os resultados não foram incluídos nas divulgações.

Nota da Seduc

“Alagoas foi o estado que mais cresceu no país em proficiência em Língua Portuguesa e Matemática nos anos iniciais. Nos anos finais, Alagoas também foi o que mais cresceu em Língua Portuguesa e ficou em segundo, em Matemática. No Ensino Médio, Alagoas também é destaque. É possível perceber o avanço quando comparados os resultados de 2013.

Naquele ano, 43% dos alunos dos anos iniciais tinham aprendizado insuficiente em Língua Portuguesa. Esse percentual caiu para 20%, em 2017. Em matemática, também nos anos iniciais, caiu de 52% para 29,84%. Nos anos finais, a insuficiência no aprendizado caiu de 35% em 2013, para 16,79% em 2017, em Língua Portuguesa. E em matemática, a redução foi de 53% para 36,73%, dos anos finais.

Cai o percentual de insuficiente, sobe o de proficiente. Nos anos iniciais, em Língua Portuguesa, subiu de 16% para 30%. Em matemática, de 12%, para 21,42%. Nos anos finais, de 10% para 23,15%, em Língua Portuguesa. Em matemática, de 3% para 8,16%.

Esse avanço é resultado do trabalho articulado e de cooperação entre as redes públicas estadual e municipais, promovido por este governo a partir de estratégias e programas como o Escola 10. O programa inédito de fortalecimento do regime de colaboração com os municípios foi criado para garantir a alfabetização na idade certa e os direitos de aprendizagem dos estudantes das redes públicas, melhorando a qualidade do ensino. Uma das principais estratégias deste programa é o acompanhamento pedagógico de todas as escolas públicas municipais e estaduais. Dentro do Escola 10, a Seduc pactuou metas com os 102 municípios e com todas as escolas da rede estadual e desenvolveu estratégias para apoiá-los no para atingirem as metas, tais como a realização de duas edições da Prova Alagoas, fornecimento de material didático complementar além da designação de 3000 articuladores de ensino para atuar em todas as escolas das redes públicas municipais e Estadual. Os articuladores e secretários municipais de Educação passaram por várias formações com grandes referências da Educação nacional promovidas pela SEDUC. Foram investidos mais de R$ 30 milhões só nesse programa. É importante destacar que Alagoas está entre os seis estados que mais elevaram os níveis de aprendizagem em ambos componentes e em todos os níveis”.