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Usina solar em Pernambuco deve gerar 1,1 mil empregos no Sertão

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O Sertão Central de Pernambuco vai receber o maior parque fotovoltaico do Brasil. O projeto, com capacidade para gerar 1,1 mil megawatts (MW) de energia, terá investimento de R$ 3,5 bilhões e vai ficar em São José do Belmonte. O investimento foi anunciado pelo Estado nessa quarta-feira (24), com recursos do grupo espanhol Solatio Energia, e deve gerar, somente durante as obras, mil postos de trabalho diretos, além de 100 empregos fixos quando estiver concluído.

A atração do complexo de usinas solares foi selada pelo governador Paulo Câmara e pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, em reunião realizada com o presidente da Solatio, Pedro Vaquer Brunet, e a sócia do grupo espanhol, Elvira Damau no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Representantes do mercado de energia também estiveram presentes. “É um investimento que dialoga com o que a gente quer, que é a energia limpa. Um investimento importante em um momento difícil. Quando ninguém está investindo, a Solatio está vindo a Pernambuco, gerando emprego e renda. Nós estamos sempre dialogando com empresas e investidores que têm a certeza de que o nosso Estado os ajudará a avançar em seus projetos”, reforçou o governador.

Na ocasião, a Solatio Energia afirmou que serão ofertadas mil vagas de trabalho apenas na construção do complexo fotovoltaico. As obras devem ter início no primeiro bimestre de 2021, com previsão de conclusão em 2022. Após o início das atividades do parque e o começo da geração de energia, haverá outros 100 postos fixos de trabalho para serviços de manutenção do complexo.

Bruno Schwambach destacou ainda que o empreendimento irá ajudar a economia do Sertão Central tanto na geração de empregos, quanto na contratação de fornecedores locais. “Serão criados ‘matchdays’ para que a empresa esteja em contato com os fornecedores da região, que deverão ter prioridade no fornecimento de materiais e ferramentas”, contou o secretário. Ele concluiu, então, que o novo empreendimento irá movimentar tanto a economia de São José do Belmonte, quanto a de outros municípios da região. “É um projeto importante em uma área do Sertão Central carente de recursos naturais e de infraestrutura”, ressaltou Schwambach.

Geração

Com esse megaprojeto, a Solatio colocará sete usinas de geração de energia solar em operação comercial em São José do Belmonte. São as seguintes: Belmonte 1 e 2; Brígida e Brígida 2; Bom Nome 1; Nova Brígida e Nova Brígida 2. As áreas que abrigarão o complexo fotovoltaico foram arrendadas de 97 famílias sertanejas que viviam em condições precárias. A empresa espanhola garantirá, portanto, cerca de R$ 4 mil por mês para cada uma dessas famílias durante um período de 35 anos.

A iniciativa irá aumentar em 10 vezes o volume de energia gerado pelas placas fotovoltaicas em Pernambuco no momento. O Estado tem atualmente a geração de 10 megawatts-pico, com 100 em implantação. “Dos 1,1 mil megawatts-pico, 80 mwp correspondem ao leilão que vencemos em dezembro de 2017, com previsão de entrarmos em operação em janeiro de 2021. Os restantes são todos fruto de um contrato no mercado livre”, acrescentou o presidente da Solatio, Pedro Vaquer Brunet.