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Anvisa proíbe venda de 16 medidores de glicose

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro de 16 medidores de glicose. Os equipamentos, chamados de glicosímetros, são utilizados por diabéticos para o acompanhamento da glicemia no sangue.

Para serem comercializados, os glicosímetros não podem apresentar variação maior que 15% nos resultados da medição de glicose quando comparados a testes de laboratório, segundo uma resolução da Anvisa.

Em maio, o órgão do governo havia pedido as empresas que comercializam os itens a apresentarem relatórios em até 180 dias sobre a eficácia dos produtos. Quem não apresentou ou teve resultado fora dos requisitos, teve o registro cancelado.

De acordo com a Anvisa, erros na leitura dos níveis de açúcar no sangue podem acarretar decisões equivocadas na alimentação e medicação dos diabéticos, agravando os problemas de saúde.

A orientação da agência é que pacientes que tenham os produtos continuem a utilização até acabarem as tiras medidoras, caso elas ainda estejam na validade. Além disso, alerta para a necessidade de procurar o médico que trata da diabetes para discutir alternativas à medição.

O que dizem as empresas

A Johnson & Johnson afirmou que tirou do mercado em novembro deste ano os dois sistemas de medição com o registro cassado mas que os aparelhos que estão com pacientes são eficazes e não representam risco à saúde. “Para não impactar o tratamento dos usuários destes produtos, as tiras reagentes serão comercializadas até o final da vida útil ou término do estoque, conforme a aprovação da Anvisa, via publicação no Diário Oficial da União em 8 de novembro de 2018.”

Segundo a empresa, os pacientes que usam o sistema OneTouch e optarem por fazer a troca do medidor podem fazer de forma gratuita. Para isso, é preciso entrar em contato com a Johnson & Johnson pelo telefone 0800 761 8510.

A Abbott disse que não vende mais o produto cancelado desde setembro de 2017 e que o produto que o substituiu é eficaz e atende aos padrões determinados.

Já a Injex afirmou que os produtos que tiveram o registro cancelado não chegaram a ser colocados à venda.Questionadas, a Roche, Nipro e Bayer não responderam até a publicação. A Veja não conseguiu contato com a HDI.