Coronavírus: clientes da Caixa podem suspender parcelas de habitação via aplicativo
Diante da crise do coronavírus, a Caixa Econômica Federal (CEF) vai permitir que os clientes suspendam por até dois meses o pagamento das dívidas contraídas com o banco. A medida vale para pessoas físicas e jurídicas que têm operações de crédito com a Caixa, inclusive crédito habitacional.
No caso das pessoas físicas, a pausa dos pagamentos poderá ser solicitada nas operações parceladas de crédito pessoal e também nos contratos de financiamento da casa própria. A Caixa, por sinal, é a operadora do maior programa habitacional do Brasil, o Minha Casa, Minha Vida.
“Para contratos habitacionais de pessoa física, os clientes poderão solicitar a pausa estendida de até duas prestações pelo APP Habitação CAIXA, sem a necessidade de comparecimento às agências”, informou a Caixa. As empresas que têm contratos habitacionais também “poderão solicitar pausa estendida de até duas prestações”.
As pessoas jurídicas ainda terão carência de até 60 dias nas operações parceladas de capital de giro e renegociação. Também será disponibilizado a esse público linhas de aquisição de máquinas e equipamentos, com taxas reduzidas e até 60 meses para pagamento; além de linhas de crédito especiais, com até seis meses de carência, para as empresas que atuam nos setores de comércio e prestação de serviços, os mais afetados pelo momento atual.
A possibilidade de suspensão temporária das prestações de habitação e de crédito foi anunciada, na manhã desta quinta-feira (19/3) pela Caixa, “com o objetivo de reduzir os impactos frente ao cenário de queda no de produtividade e diminuição da atividade econômica causados pelas ações de contenção e temor à propagação do vírus Covid-19”.
Juros
A fim de tentar amenizar os impactos do coronavírus na economia nacional, a Caixa ainda anunciou a redução dos juros das suas principais linhas de crédito. O crédito consignado, que é oferecido aos aposentados e pensionistas do INSS e será ampliado pelo banco neste momento, por sinal, terá juros a partir de 0,99% ao mês. Já as linhas de capital de giro, que são voltadas às empresas e já haviam recebido um reforço de R$ 50 bilhões na semana passada, terão uma queda de 45% nos juros, passando a cobrar taxas de 0,57% ao mês.